terça-feira, 22 de dezembro de 2009
ALL anuncia investimentos
MARIANNA PERES
Da Editoria - Diário de Cuiabá
A América Latina Logística (ALL) anunciou que deu início aos preparativos para o transporte da safra 09/10. Os investimentos, avaliados em R$ 100 milhões, tiveram início no terceiro trimestre e contemplam aumento na capacidade de ativos, melhorias tecnológicas, incrementos em via permanente e adequação das linhas e infra-estrutura em terminais de Alto Araguaia (415 quilômetros ao sul de Cuiabá) e Santos (SP).
Durante a safra, que tem seu pico a partir de fevereiro, devem ser movimentados diariamente 580 vagões em Santos e 436 vagões em Alto Araguaia. Porém, em Mato Grosso, maior produtor de soja do país, os trabalhos no campo são retomados antes da virada do ano com a colheita da soja precoce. Para a atual temporada a expectativa é de que o Estado registre a maior safra da história ao superar 18,6 milhões de toneladas, volume que, se confirmado, será 3,8% superior à temporada passada.
“Para garantir uma produção nacional 12% maior, o plano 2010 traz investimentos expressivos nas pontas, com maior foco na carga e descarga. Desse modo, conseguiremos aumentar a eficiência da operação como um todo”, afirma Alexandre Zanelatto, diretor de Operações da ALL.
Para possibilitar aumento de volume e ganhos de produtividade, as linhas do Terminal de Alto Araguaia terão seu layout readequado. Será também construído um tombador, aumentando a capacidade de recepção da mercadoria. “Serão ao todo, quatro tombadores e uma moega, permitindo a descarga de até 35 caminhões por hora”.
Também está prevista a construção de uma tulha e reforma de outra já existente, aumentando a capacidade de carregamento de 17 para 30 vagões por hora.
Em Santos, a ALL deve remodelar toda a linha principal da margem direita, além de realizar melhorias e aumento de capacidade nos terminais Copersucar, corredor de exportação e Terminal 39.
INÉDITO - Pela primeira vez em sua história, a ALL comprou locomotivas novas, ao invés de importar máquinas usadas dos Estados Unidos para serem reformadas no Brasil. Produzidas na fábrica da GE, em Contagem (MG), ampliam em 86% a capacidade de tração, o que viabilizará algumas vantagens operacionais, entre elas transportar com uma única locomotiva o trem de 8 mil toneladas, que segue de Alto Araguaia a Santos.
A empresa também está trabalhando na transformação de 450 vagões HFS para aumento de capacidade de 103 para 118 toneladas brutas. Outro destaque é a aquisição de 8 mil toneladas de trilhos novos, dos quais 7 mil serão aplicados na Bitola Larga e o restante na via de Bitola Métrica.
MATO GROSSO – Em Mato Grosso a ALL detém a concessão da ferrovia Senador Vicente Vuolo. O projeto da ferrovia, em andamento, prevê, em uma primeira etapa, concluir o traçado da ferrovia de Aparecida do Tabuado (MS) até Cuiabá, passando por Rondonópolis (210 quilômetros ao sul de Cuiabá).
As obras estão avançando no sentido Alto Araguaia-Rondonópolis. O trecho entre Alto Araguaia e a região do Mineirinho, próximo a Itiquira, possui a licença ambiental e as obras estão acontecendo, como informa o Fórum Pró-Ferrovia. O recurso para o trecho do Mineirinho a Rondonópolis está garantido, faltando somente a liberação do estudo ambiental de Rondonópolis a Cuiabá.
Os recursos para construção da ferrovia até Rondonópolis foram disponibilizados pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), por meio do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), em um aporte de R$ 750 milhões para o trecho, com 260 quilômetros de extensão. (Com assessoria)
segunda-feira, 21 de dezembro de 2009
Trecho em MT é apontado como um dos sete mais importantes
NAÍLA ALBUQUERQUE
Da Reportagem/DR
A construção dos trilhos da ferrovia Senador Vicente Vuolo entre Alto Araguaia e Rondonópolis, na região sul de Mato Grosso, é apontada na 3ª edição da Pesquisa CNT Ferrovias, feita pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), como uma das prioridades na expansão no modal ferroviário brasileiro. A previsão, segundo informações passadas pelo Fórum Pró-Ferrovia, é de que o terminal de Rondonópolis seja inaugurado até dezembro de 2010.
Além dos trilhos entre Alto Araguaia e Rondonópolis, a CNT apontou como solução para resolver os entraves na malha ferroviária brasileira o investimento em sete outros trechos: Inocência-Água Clara (MS), Nova Transnordestina, Ferrovia Oeste-Leste (BA), Variante Ferroviária Litorânea Sul (ES), ampliação da malha de Santa Catarina, e construção do segmento Aguiarnópolis-Palmas (TO).
Relatório da pesquisa da CNT, elaborado a partir do levantamento da malha brasileira, apontou que o governo federal tem investido na expansão do sistema ferroviário, para melhorar a eficiência da infraestrutura de transporte, como é o caso do trecho citado em Mato Grosso. Mesmo assim, esta expansão ainda é considerada um desafio, assim como a melhoria da infraestrutura dos trechos já existentes.
O projeto da ferrovia Senador Vuolo, em andamento, prevê, em uma primeira etapa, concluir o traçado da ferrovia de Aparecida do Tabuado (MS) até Cuiabá, passando por Rondonópolis (210 quilômetros ao sul de Cuiabá).
As obras, segundo o presidente do Fórum Pró-ferrovia, Francisco Vuolo, já estão avançando no sentido Alto Araguaia-Rondonópolis. “O trecho entre Alto Araguaia e a região do Mineirinho, próximo a Itiquira, possui a licença ambiental e as obras estão acontecendo. O recurso para o trecho do Mineirinho a Rondonópolis já está garantido, faltando somente a liberação do estudo ambiental de Rondonópolis a Cuiabá”, informou Vuolo.
Os recursos para construção da ferrovia até Rondonópolis foram disponibilizados pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), por meio do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Segundo aponta o relatório da pesquisa feita pela CNT, trata-se de um aporte de R$ 750 milhões para o trecho, com 260 quilômetros de extensão.
“Essa malha é muito importante para o Estado e quanto mais ela interiorizar o valor do frete diminuirá. A ferrovia é um modal de transporte que atende meia e longa distâncias, pois quanto maior a quilometragem menor será o custo para o contratante”, descreveu o presidente do Fórum. A estimativa de economia é de 40% a 60% em relação ao custo do transporte rodoviário.
Francisco Vuolo ressaltou que a chegada da ferrovia até Alto Araguaia já provocou diminuição no preço do frete na safra deste ano. “Com os trilhos mais próximos, manteve-se um equilíbrio no valor do frete rodoviário devido à concorrência, já que a ferrovia também escoa a produção ao porto de Santos”, explicou. Cerca de 20% de toda mercadoria escoada pelo porto de Santos é proveniente da ferrovia Senador Vuolo.
INVESTIMENTOS – Para atender às demandas prioritárias apontadas pela pesquisa da CNT é necessário um aporte na ordem de R$ 25,8 bilhões, dos quais R$ 8,1 bilhões seriam para solução de entraves e R$ 17,7 bilhões, para expansão da malha dos projetos mais importantes (o que inclui a ferrovia Senador Vicente Vuolo). Atingir esta meta demandaria R$ 54,5 bilhões nos próximos 20 anos. A pesquisa foi divulgada esta semana.
terça-feira, 3 de novembro de 2009
Obra pode ir pro PAC
Da Reportagem - Diário de Cuiabá
Uma grande comitiva de empresários e políticos, sob a coordenação do Fórum Pró-Ferrovia, irá neste mês de novembro a Brasília para solicitar, ao Ministério dos Transportes e à Casa Civil da Presidência, a inclusão das obras da ferrovia Senador Vuolo no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), no trecho entre Rondonópolis e Cuiabá.
Para esse trecho, de 210 quilômetros de trilhos, serão necessários aproximadamente investimentos de R$ 700 milhões. Atualmente, já está autorizada a inclusão do trecho Alto Araguaia-Mineirinho-Rondonópolis também de 210 quilômetros e custo estimado de R$ 700 milhões. As obras estão em andamento.
As obras que já estiveram paralisadas por seis anos, foram retomadas pela América Latina Logística (ALL) – concessionária da via – no dia 21 de julho. Depois de concentrar esforços na limpeza de valas assoreadas, recuperação de erosões de pequenas dimensões, limpeza de canais de descarga de bueiros e de sarjetas de plataforma, os trabalhos focam a terraplanagem do trecho que sai de Alto Araguaia em direção a Mineirinho. Além de Brasília, o Fórum confirmou, em data a ser agendada, que fará uma visita até o canteiro de obras para ter dimensão dos avanços, após mais de três meses de retomada.
Segundo o coordenador do Fórum, Francisco Vuolo, para o trecho entre Alto Araguaia e Rondonópolis, há necessidade de estudo de impacto ambiental da obra. “O estudo que está sendo feito atualmente contempla o trecho até Mineirinho, numa extensão de aproximadamente 150 quilômetros. Precisamos de autorização para a realização dos estudos complementares até Rondonópolis”, frisou Vuolo.
A expectativa é concluir o trecho Alto Araguaia-Mineirinho em julho de 2010 e chegar com os trilhos a Rondonópolis até o final de 2010 para que a safra 2010/11 seja transportada via trilhos. “Temos um planejamento para o funcionamento da ferrovia até Cuiabá e precisamos trabalhar para que as obras não sofram interrupção em nenhum dos trechos antes de chegar à Capital”, afirmou.
Os trilhos virão a Cuiabá pela região sul do Estado, passando entre a Serra de São Vicente e o Pantanal. Os estudos ambientais para esse trecho também não foram elaborados, o que deverá ocorrer no início do próximo ano. A previsão é de que a ferrovia chegue a Cuiabá em 2014, junto com a Copa do Mundo.
De Cuiabá, a ferrovia deverá avançar rumo a Santarém (PA) e depois a Porto Velho (RO), totalizando uma malha de cinco mil quilômetros. “O objetivo é promover a integração regional e inserir a região Centro-Oeste dentro de um ciclo de competitividade mais forte”, disse o coordenador do Fórum. Segundo ele, o objetivo final do projeto ferroviário é assegurar a ligação bioceânica até ao Pacífico, num total de sete mil quilômetros.
INVESTIMENTOS – Até agora foram investidos cerca de R$ 1,6 bilhão na construção de 500 quilômetros de trilhos desde a divisa com São Paulo, em Aparecida do Taboado, até Alto Araguaia. Foram construídos também quatro terminais ferroviários - em Inocência e Chapadão do Sul (MS), e Alto Taquari e Alto Araguaia (MT) - além da ponte rodoferroviária sobre o rio Paraná, interligando Mato Grosso a São Paulo.
Para a ferrovia chegar até Cuiabá são necessários mais R$ 1,4 bilhão em investimentos. Na avaliação do coordenador do Fórum, Francisco Vuolo, a extensão dos trilhos da ferrovia Norte-Sul até Mato Grosso será muito importante, pois além de dar mais uma opção de transporte, promoverá a integração ferroviária das regiões brasileiras.
“Esta integração será o grande agente uniformizador do crescimento autossustentável do país, na medida em que possibilitará a ocupação econômica e social do cerrado brasileiro - com uma área de aproximadamente 1,8 milhão de quilômetros quadrados, correspondendo a 21,84% da área territorial do país, onde vivem 15,51% da população brasileira - ao oferecer uma logística adequada à concretização do potencial de desenvolvimento dessa região, fortalecendo a infra-estrutura de transporte necessária ao escoamento da sua produção agropecuária e agro-industrial”, destaca. Na avaliação de Vuolo, a ferrovia será a redenção econômica de Mato Grosso e marcará um novo ciclo de crescimento para o Estado.
terça-feira, 20 de outubro de 2009
Deputado reivindica inclusão de ferrovia
Téo Meneses
Da Redação - Jornal A Gazeta
21/10/09
O deputado federal Welington Fagundes (PR) vai defender hoje, junto ao ministro Alfredo Nascimento (Transportes), a inclusão da Ferronorte no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Essa pode ser a única alternativa para garantir que os trilhos cheguem a Rondonópolis e depois a Cuiabá.
A proposta é umas das principais bandeiras dos defensores da Ferronorte, já que 2010 é o último ano do governo Lula e o futuro da ferrovia pode não estar garantido sem a inclusão da obra no PAC. A defesa é feita pelo vereador por Cuiabá e presidente do Fórum Pró-Ferrovia, Francisco Vuolo (PR), articulador do projeto que vai ser levado ao ministro.
"Temos que garantir até o mês de junho do ano que vem a inclusão da ferrovia no PAC, pois essa pode ser a única forma de garantir que ela chegue em Cuiabá. Se isso não acontecer, não teremos certeza se um dia esse sonho via se tornar realidade", afirma o vereador que é filho do idealizador da ferrovia, ex-senador Vicente Vuolo.
A Ferronorte é hoje propriedade da América Latina Logística (ALL), mas a falta de destinação de recursos levou alguns congressistas a discutirem até uma Parceria Público Privada (PPP) com o Governo Federal para garantir a conclusão da obra.
A Ferronorte vem gerando muita expectativa desde que foi planejada. Há propostas para ramificação do trajeto até Lucas do Rio Verde (a 360 km Cuiabá), Chapada dos Guimarães (a 60 km). Atualmente, faltam cerca de 250 km para chegar ao município de Rondonópolis, ou seja, está a cerca de 500 km distante de Cuiabá.
segunda-feira, 7 de setembro de 2009
Ferrovia atrai investimentos a MT
Fabiana Reis
Da Redação - Jornal A Gazeta
Com investimentos milionários, a cidade de Alto Taquari, localizada a 450 km de Cuiabá, tem a história do seu desenvolvimento dividida entre antes e depois da chegada dos trilhos da Ferronorte. A implantação do modal ferroviário, juntamente com o terminal em 1999, trouxe consigo outros empreendimentos, atraídos pela facilidade do transporte de produtos. O que antes era restrito aos grãos (soja, farelo e milho), agora disputa espaço com outras mercadorias, entre elas refrigerados e combustíveis.
Administrada pela América Latina Logística (ALL), a ferrovia e o terminal congregam atualmente vários empreendimentos, fazendo com que a cidade cresça e figure como o mais importante ponto de embarque e desembarque de mercadorias de Mato Grosso. Mas os investimentos não param por aí. O secretário de Indústria, Comércio e Turismo da cidade, Erocy Antônio Scaini, adianta que outros grandes projetos por causa do terminal estão por vir, entre eles o transporte de algodão em pluma destinado à exportação e o carvão ecológico, produzido a partir da biomassa do algodão e que também será direcionado ao mercado externo.
"O projeto para o embarque de pluma de algodão está na fase de estudo de viabilidade realizado por uma empresa de São Paulo. Tudo está caminhando para que dê certo, assim como o carvão, que será um projeto pioneiro em Mato Grosso", afirma o secretário ao completar que para 2010 já está sendo aguardada a operação da Companhia Brasileira de Energia Renovável (Brenco), cujo projeto inclui 1,5 milhão de toneladas de cana-de-açúcar para produção 280 milhões de litros de etanol e também um poliduto para transportar o combustível. Os empregos gerados são estimados em 1,8 mil diretos e 3,5 mil indiretos.
Antes da chegada dos trilhos, Alto Taquari tinha a economia voltada para o setor primário, com a produção de soja, milho e algodão. Com a implantação da ferrovia, a cidade passou para a segunda fase econômica, com a atração de novos empreendimentos que agregam valor ao produto gerando emprego e renda ao município. Com uma população de 10 mil habitantes, o município recebe outras 4 mil pessoas mensalmente, a trabalho, em função do terminal rodoferroviário, a exemplo dos caminhoneiros.
IDH- Uma prova de que a ferrovia trouxe desenvolvimento para a cidade é o Índice de Desenvolvimento Humano(IDH). Calculado pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro, o Índice Firjan mostra que Alto Taquari tem o oitavo maior índice entre as cidades mato-grossenses, com 0,7109, em uma escala que varia de zero a 1. Está atrás, na ordem, de Lucas do Rio Verde, (0,7939), Cuiabá (0,7653), Nova Mutum (0,7605), Rio Branco (0,7584), Alto Garças (0,7555), Araputanga (0,7533) e Indiavaí (0,7149). E à frente de Sorriso (0,7021) e Tangará da Serra (0,7005), que ocupam respectivamente, o nono e o décimo lugar no ranking estadual. O índice é referente ao ano de 2006.
"A chegada da ferrovia transformou a economia de Alto Taquari. E a localização da cidade é privilegiada. Está distante cerca de 500 km de três Capitais: Cuiabá. Campo Grande e Goiânia, além de fazer divisa com três Estados, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás", diz Scaini ao completar que de 2000 a 2008, 50% da receita do município foi oriunda da ferrovia.
Já o prefeito Maurício de Sá (DEM-MT), no primeiro mandato, pretende continuar o ritmo de desenvolvimento que a cidade vem apresentando. Ele diz que tenta junto ao governo do Estado obras para melhorar a infraestrutura, que não acompanhou desenvolvimento econômico da cidade. "Precisamos de projetos de habitação, escolas, hospitais e outros para garantir melhor qualidade de vida à população". No que diz respeito ao futuro de Alto Taquari, Sá diz prever que será de constante crescimento, porém não sabe mensurar de quanto ele será. .
Empreendimentos - Nos últimos 10 anos, Alto Taquari recebeu uma série de empreendimentos. O mais importante deles, que provocou os demais foi o da chegada da ferrovia e a implantação do terminal ferroviário. O superintendente de Terminais da ALL, Henrique Peterlongo, afirma que o terminal tem estrutura para operar com grãos, carga industrializada de frigorífico e combustíveis, além da carga de retorno, que geralmente é composta de fertilizantes.
Ele diz que recebe caminhões que trazem a safra mato-grossense, cuja mercadoria é colocada nos vagões com destino ao porto de Santos, e daí para as exportações. "Hoje a capacidade é de 10 mil toneladas de grãos por dia, o que chega a 300 caminhões diariamente, entre carga e descarga", conta ao afirmar que o número de toneladas nesta atividade ao mês gira entre 280 mil e 300 mil.
Com a retomada da construção da ferrovia, partindo de Alto Taquari até Rondonópolis, a ALL fará mais investimentos. Está prevista a construção de um terminal ferroviário naquela cidade também, cujo montante aportado ainda não foi definido. "Estamos fazendo um estudo para a construção do terminal, que deverá estar pronto em 2012, paralelo à operação dos trilhos", diz ao adiantar que o terminal de Alto Taquari também receberá aporte financeiro. Serão aplicados R$ 7 milhões na aquisição de equipamentos que aumentará a produtividade do terminal, ou seja, a capacidade de carga e descarga será ampliada.
"Além do investimento na estrutura operacional do terminal, a América Latina Logística melhorou a qualidade de trabalho dos motoristas. O pátio de estacionamento aumentou, assim como o número de banheiros e duchas", acrescenta Peterlongo.
Carga refrigerada - Com atividades iniciadas em julho deste ano, a Standard Logística estreou na região Centro-Oeste, com endereço no terminal ferroviário de Alto Taquari. O corredor intermodal Mato Grosso-São Paulo é um projeto inovador e foi desenvolvido em parceria com a ALL, e está fazendo o transporte de contêineres pela ferrovia até o porto de Santos. A tecnologia avançada e permite expedir cargas que exigem temperatura controlada, além de cargas secas. O corredor tem 1,1 mil km e contou com investimentos de R$ 35 milhões, aplicados na construção do novo terminal de contêineres em Alto Taquari e na construção do terminal intermodal da unidade de Cubatão (SP), que está em fase final de licenciamento e deve ser concluído até o fim de 2009. No terminal da cidade paulista os produtos poderão armazenados ou desembaraçados.
"Já começamos a operar com 600 contêineres por mês. A meta é chegar ao final do ano que vem com 3 mil contêineres mensais, movimentados entre carga frigorífica e seca", afirma o gerente Comercial da Standard, Fernando Perdigão. Ele acrescenta que trata-se de um projeto revolucionário e que irá gerar muitas vantagens tanto ao produtor quanto ao exportador. Entre elas estão a garantia de regularidade no escoamento e a segurança no transporte.
Combustíveis - Com operações programadas para o último trimestre deste ano, a Cosan Combustíveis e Lubrificantes, detentora das marcas Esso e Mobil também somará ao terminal ferroviário de Alto Taquari. Já a distribuição dos derivados está agendada para o segundo trimestre de 2010. A atividade no Estado será realizada a partir do recebimento de etanol por caminhões e que serão distribuídos por trens, com destino a São Paulo. Os dois extremos do trecho são Paulínia (SP) onde haverá o recebimento do etanol por vagões e embarque de derivados (óleo diesel e gasolina) para Mato Grosso.
A capacidade inicial de armazenamento da Cosan é de 10 milhões de litros de combustível. Detentora de 1,5 mil postos em 20 unidades da federação, a vinda a Mato Grosso foi motivada pela necessidade de atendimento a um importante mercado. Ao todo o investimento somou R$ 13 milhões.
O gerente de Desenvolvimento de Negócios da Cosan, Nilton Gabardo afirma que a companhia pretende expandir a atuação em Mato Grosso, com um aumento na capacidade de armazenamento de etanol em mais 20 milhões de litros. "A companhia pretende praticar uma política de preços bastante competitiva para seus revendedores e assim voltar a atuar fortemente no mercado".
terça-feira, 28 de julho de 2009
ALL amplia base de captação de cargas
A América Latina Logística (ALL) está ampliando os polos de captação de carga destinada à exportação, sobretudo carne frigorificada, no interior de Mato Grosso, Paraná e Rio Grande do Sul. O negócio, feito em parceria com operadores logísticos, consiste em instalar terminais intermodais que captam produtos de empresas como Sadia e Perdigão, mas também de clientes de outros setores, como papel e madeira. A carga é escoada em contêineres, via ferroviária, até os principais portos do país - Santos, Paranaguá e Rio Grande.
No momento, a ALL e diferentes operadores logísticos implantam novos terminais de contêineres para exportação em Alto Taquari (MT), Ponta Grossa e Telêmaco Borba, no Paraná, e em Cruz Alta (RS). O investimento é dos operadores. A ALL investe na compra de vagões em conjunto com eles para atender o serviços contratados pelos clientes. Na construção dos quatro terminais e na compra de 500 vagões ferroviários estão sendo investidos cerca de R$ 55 milhões, diz Sérgio Nahuz, diretor de produtos industrializados da ferrovia.
Do valor total, R$ 30 milhões correspondem a aporte dos operadores nos quatro terminais e R$ 25 milhões da ALL nos vagões, que inclui recursos dos parceiros, diz Nahuz. Em Ponta Grossa, a parceria é com a Martini Meat. Já em Telêmaco Borba, as negociações estão em andamento para atender o transporte de madeira e bobinas de papel da Klabin.
Segundo Nahuz, as cargas em contêineres transportadas pela ALL cresceram quase 50% no primeiro semestre do ano sobre o mesmo período de 2008. Foi o segmento que mais cresceu, disse. Em 2009, a empresa deverá duplicar o volume de contêineres transportados. A meta da ALL, uma ferrovia de carga geral, é transformar os contêineres em uma de suas principais cargas. Daí a importância em criar novos terminais.
Os polos ferroviários de captação de carga no interior do Brasil permitem que uma parte dos produtos migre do caminhão para o trem. O movimento pode contribuir para desafogar um pouco o fluxo de caminhões para os portos e para reduzir os preços dos fretes em relação ao tráfego rodoviário.
Os quatro novos terminais de exportação somam-se a outros quatro polos do gênero em operação há mais tempo situados em Cascavel e Cambé, no Paraná, em Paulínia (SP) e Esteio (RS). Esses quatro terminais, com exceção de Paulínia, são operados em parceria com a Standard Logística. No caso de Paulínia, o acordo é com a belga Katoen Natie. Dos quatro, o de maior fluxo é o de Cambé, que escoa mil contêineres/dia pela malha da ALL até o Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP).
Juarez Moraes e Silva, diretor-superintendente do TCP, disse que de janeiro a junho deste ano o terminal movimentou 310 mil TEUs (contêiner equivalente a 20 pés), dos quais 6,5 mil (2% do total) foram movimentados por trem. O resto foi via caminhão. É uma parcela pequena mas que está crescendo. A previsão é que até o fim de 2009 a ferrovia responda por 3% do total movimentado no TCP. O modal ferroviário desafoga o porto e reduz custos de frete, diz.
Fomos os primeiros parceiros da ALL a acreditar na ferrovia para o transportar carga frigorificada, acrescenta José Luis Demeterco Neto, presidente da Standard Logística. Ele diz que a empresa investiu cerca de R$ 70 milhões para montar os terminais dedicados à operação em parceira com a ALL, com recursos próprios e financiamentos. O contrato mais recente com a ALL foi fechado para criar um terminal em Cruz Alta, no qual deverá ser aplicado R$ 1 milhão para escoar cargas em Rio Grande.
Com início da operação prevista para o fim de agosto, o terminal de Cruz Alta irá atender clientes do noroeste do Rio Grande do Sul e extremo oeste de Santa Catarina. São cargas que hoje seguem por caminhão e poderão migrar, em parte, para a ferrovia. A Standard Logística também é parceira da ALL no terminal implantado em Alto Taquari (MT), que começou a operar na semana passada. Esse terminal cria um corredor logístico de 1,2 mil quilômetros de extensão até Santos, que passará pelos terminais de Paulínia, já operado com a Katoen Natie, e de Cubatão, da própria Standard Logística. Para que a carga chegue ao terminal de Cubatão, será construído um ramal ferroviário que ficará pronto no fim do ano.
O terminal de Alto Taquari começa a operar movimentando 600 contêineres por mês carregados com produtos frigorificados da fábrica da Sadia em Lucas do Rio Verde (MT). A meta é chegar ao fim de 2010 com o transporte de 3 mil contêineres por mês, entre carga frigorificada e seca. O foco estará no transporte de carne suína, de frango e também bovina, diz Demeterco. Segundo ele, a parceria da empresa com a ALL nos diferentes terminais permite escoar cerca de 50 mil toneladas de carnes frigorificadas por mês para a exportação, algo como 10% da média mensal embarcada pelo país para o exterior em 2008, considerando-se os três tipos de carne (suína, bovina e de frango).
terça-feira, 21 de julho de 2009
De Lucas para Santos
ALL retoma hoje as obras da estrada de ferro em MT
Conforme anunciado pelo presidente do Fórum Pró-Ferrovia em Cuiabá, vereador Francisco Vuolo (PR), o projeto da Ferronorte existe desde 1989, pela então Brasil Ferrovias. A construção agora sai do papel pelas mãos da ALL. O Fórum reivindica que os trilhos cheguem até Cuiabá, e quer condicionar garantia junto à ALL.
Em dezembro de 2008, a empresa apresentou ao Ibama o projeto para renovação da licença de instalação, cuja autorização para início das obras foi obtida em maio deste ano. Toda a documentação necessária para o licenciamento das demais etapas também já foi providenciada pela ALL.
Essa primeira etapa compreenderá 13 quilômetros, devidamente autorizados pelo Ibama, no trecho dos km 501 a 514 da ferrovia. Na última semana, a ALL obteve aval do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para o financiamento de R$ 691,6 milhões destinados à construção da extensão da ALL Malha Norte, a Ferrovia Vicente Vuolo.
O recurso a ser obtido junto ao BNDES, segundo a empresa ALL, será aplicado na viabilização da construção, operação, exploração e conservação dos 251 quilômetros de ferrovia, ligando Alto Araguaia a Rondonópolis. A previsão é que em agosto, seja autorizados mais 184 quilômetros dos 251 até Rondonópolis, com conclusão da obra em dois anos.
Ainda na programação da ALL, segundo a assessoria de Imprensa, está prevista a construção de um terminal intermodal em Rondonópolis, com capacidade para movimentação inicial de 12 milhões de toneladas/ano, com picos de mil caminhões/dia. O terminal pode chegar a uma movimentação de 25 milhões de toneladas movimentadas anualmente.
sexta-feira, 17 de julho de 2009
Obras em Mato Grosso iniciam semana que vem
Fabiana Reis
Da Redação - A Gazeta
As obras da ferrovia Senador Vicente Vuolo começarão na próxima terça-feira (21). O anúncio foi feito pelo presidente do Fórum Pró-ferrovia, vereador Francisco Vuolo, nesta quinta-feira (16), depois de ter a garantia da retomada confirmada pela concessionária da ferrovia, a América Latina Logística (ALL). Na quarta-feira, a empresa anunciou a liberação de financiamento junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no valor de R$ 691,6 milhões, que será aplicado na execução da obra.
Vuolo explica que está prevista a construção dos primeiros 13 Km da ferrovia, partindo de Alto Araguaia até Mineirinhos, trecho que o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) já concedeu a Licença de Instalação, em maio deste ano. Os restante do trajeto terá a documentação liberada por etapa. Mesmo que o trecho seja considerado pequeno em relação ao total que será construído até chegar a Rondonópolis, que é de de 251 Km, o presidente do fórum diz que é importante registrar o início das obras. "Com o começo da construção, o restante vai sendo executado para que as demais etapas sejam construídas", diz ao anunciar que para o segundo trecho a ser construído, ligando ainda Alto Araguaia a Mineirinhos em um total de 184 km, a ALL já conta com o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e Relatório de Impacto Ambiental (RIMA). O presidente acrescenta ainda que o restante até chegar a Rondonópolis, que totaliza 55 Km e compreende o terceiro trecho, está com alguns entraves e necessitará de outros estudos.
Segundo Vuolo, a tecnologia empregada na construção da ferrovia fará com que seja possível que em dezembro de 2010 a ferrovia esteja em operação, escoando a safra agrícola 2011. "Nossa próxima luta é incluir Cuiabá no traçado, trazendo a ferrovia de Rondonópolis até a Capital mato-grossense".
O presidente em exercício da Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt), Jandir Milan, afirma que um estudo ao qual teve acesso mostra que o uso da ferrovia para escoamento de produtos é viável para os municípios localizados até 400 Km distante da ferrovia. "Com isso muitos municípios irão se beneficiar e o mais importante, muitas indústrias serão atraídas para o Estado".
quinta-feira, 16 de julho de 2009
MT retoma obras da Ferrovia Vicente Vuolo no dia 21
As obras da ferrovia Senador Vicente Vuolo, cujos trilhos estão estacionados na cidade de Alto Araguaia (415 km ao Sul), serão retomada na próxima terça-feira (21). A informação foi repassada pelo presidente do Fórum Pró-Ferrovia em Cuiabá, Francisco Vuolo, durante entrevista coletiva, no final da tarde desta quinta-feira (16). A garantia de retomada das obras foi dada pela empresa detentora da concessão da ferrovia, a América Latina Logística (ALL), segundo Vuolo.
O trecho a ser iniciado na próxima semana compreende 13 quilômetros, já com autorização ambiental para o andamento da obra, entre os km 501 a 514 da ferrovia. "Esse é mais um de vários passos, mais uma etapa dessa luta para trazermos os trilhos até Cuiabá. Estamos agendando uma visita com todas as autoridades envolvidas e a imprensa ao local, para que seja repassada a visão do empreendimento para toda sociedade", revelou Vuolo.
Ele também detalhou que os 13 primeiros quilômetros fazem parte dos segmentos previstos. Após o primeiro segmento concluído, o presidente do Fórum informou que já está prevista a realização de mais 184 quilômetros de ferrovia, chegando até a cidade de Mineirinho. "Estamos esperando que essa segunda etapa seja autorizada no inicio de agosto", estimou.
Após os trilhos chegarem a Mineirinho, serão realizadas mais duas etapas, sendo uma com a chegada até Rondonópolis, com 55 quilômetros de ferrovia. Essas etapas estarão condicionadas à conclusão da quarta etapa, que seria a ligação entre Rondonópolis e Cuiabá, num trecho de 210 quilômetros. "Teremos a garantia que, assim que as obras sejam iniciadas até Rondonópolis, o traçado até Cuiabá já estará autorizado", disse Vuolo.
A previsão da chegada dos trilhos até Rondonópolis é o final de dezembro de 2010, com a expectativa que a obra tenha seqüência até Cuiabá. "A nossa expectativa é que a safra de 2011 já seja escoada pelos trilhos da ferrovia Senador Vicente Vuolo", afirmou.FrentesO deputado federal Wellington Fagundes (PR), um dos integrantes do Fórum Pró-Ferrovia em Cuiabá, afirmou que trabalhará para que as obras entre Rondonópolis até Cuiabá comecem pela Capital. "Temos exemplos de ferrovias cujas obras são iniciadas pelas duas pontas, como foi o caso da Norte-Sul. Vamos trabalhar para que as obras aqui tenham duas frentes, ou que comecem por Cuiabá", disse.
Empréstimo
A América Latina Logística (ALL) obteve do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) a aprovação de um financiamento de R$ 691,6 milhões, para a construção de um trecho ferroviário entre Alto Araguaia e Rondonópolis.
Com prazo de pagamento de 20 anos, a linha de crédito será concedida para a ALL Malha Norte, que será diretamente responsável pela construção, operação, exploração e conservação do trecho ferroviário, cujas obras devem começar no final deste mês.
Fórum Pró Ferrovia: obras serão retomadas na próxima terça-feira
As obras da Ferronorte serão retomadas na próxima terça-feira (21). Foi o que assegurou o vereador e presidente do Fórum Pró Ferrovia, Francisco Vuolo (PR), juntamente com o deputado federal licenciado Wellington Fagundes (PR) e o presidente em exercício da FIEMT, Jandir Milan, numa coletiva realizada na tarde desta quinta-feira. A obra estava parada devido à pendências ambientais. Com a entrega da licença ambiental realizada em maio, ela poderá ser finalizada. Porem, só 13 Km estão liberados; de Alto Araguaia à Mineirinhos , do Km 501 ao 514. Francisco Vuolo lembrou que a retomada da obra é fundamental, mesmo que por 13 Km. Para ele reiniciar, as obras é também uma maneira de fazer pressão para que o restante da obra tenha llicenças liberadas. Os planos das obras estão divididos em três segmentos: o primeiro são os 13 Km já liberados; o segundo são 184 Km ligando Auto Araguaia à Mineirinhos e o terceiro segmento, de 55 Km, liga Mineirinhos à Rondonópolis. Vuolo contou que o Fórum Pró Ferrovia ainda está lutando para prolongar os trilhos até Cuiabá, mas para isso os recursos do PAC para o Centro Oeste, que estão previstos em R$ 3,5 bilhões, tem de ser aumentados.Segundo o cronograma apresentado pelo Fórum, até dezembro de 2010 as obras estarão concluídas. Isso permitirá que a safra 2011 já seja escoada pela ferrovia, reduzindo significativamente os custos do frete.O presidente da FIEMT, Jandir Milan, falou sobre as melhorias que a ferrovia trará ao comércio mato-grossense. Para ele, Mato Grosso vai dar um salto muito grande com a Ferronorte. Ele lembrou que enquanto vários Estados do país sofreram queda nas exportações, Mato Grosso teve um crescimento de 20%, quando a ferrovia chegar o aumento será ainda maior.
Obras retomadas este mês
JULIANA SCARDUA
Da Reportagem - Diário de Cuiabá
A América Latina Logística (ALL) confirmou ontem que começará ainda este mês as obras da Ferrovia senador Vicente Vuolo, antiga Ferronorte, unindo os municípios de Alto Araguaia a Rondonópolis, ao sul de Cuiabá. Em nota divulgada ontem, a ALL informa que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamento no valor de R$ 691,6 milhões para a execução da obra, que abarca trecho de 251 quilômetros.
Segundo a ALL, o Fundo de Investimento do Fundo de Garantia do Tempo Serviço (FI-FGTS) negocia com a concessionária pública a adesão ao projeto na condição de investidor.
As garantias de recursos e de retomada ainda em julho feitas ao mercado despontam após uma verdadeira “novela” envolvendo a expansão dos trilhos em Mato Grosso e não deixa de causar surpresa: há cerca de 15 dias, o empreendimento era algo fora dos planos da controladora da linha férrea. Acordo celebrado com o governo federal ainda em 2008 prevê a conclusão do trecho até o final de 2010.
Em coletiva de imprensa marcada para logo mais às 16h, na sede da Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (Fiemt), membros do Fórum Pró-Ferrovia e membros da bancada parlamentar mato-grossense repassarão detalhes do cronograma de execução da construção dos trilhos até Rondonópolis (210 quilômetros ao sul de Cuiabá).
Reportagem publicada pelo Diário no final de junho revelou que a um ano e meio do término do prazo acordado junto ao governo federal para a conclusão das obras da ferrovia até Rondonópolis, a ALL ainda não havia entregado os documentos básicos ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para a liberação de licenças de instalação. A obra também não estava prevista no mais novo aporte de investimentos obtido pela ALL junto ao BNDES até então, de R$ 2,1 bilhões. Esse montante será injetado na modernização da estrutura já existente, incluindo as locomotivas, vagões, dormentes e terminais, como foi confirmado pela própria concessionária.
Até então, o Ibama posicionava que a ALL, embora tenha pedido a licença de instalação até Rondonópolis, devia ao órgão uma série de documentos considerados básicos à liberação da autorização ambiental. O licenciamento concedido até então se restringia a um trecho de 13 quilômetros a partir de Alto Araguaia, algo muito pequeno perto dos 250 km até Rondonópolis.
De acordo com o presidente do Fórum Pró-Ferrovia, vereador Francisco Vuolo, a nova informação vinda de Brasília e também repassada pela controladora é a de que as falhas documentais foram sanadas.
CUIABÁ - Vencida a etapa Alto Araguaia-Rondonópolis, a entidade começa a se concentrar em outra missão: assegurar que o trecho Rondonópolis-Cuiabá, com o devido aporte financeiro necessário, seja assegurado entre as prioridades do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) na área de infra-estrutura e transportes.
“Se não houver pressão política, sabemos que as coisas não acontecem. A construção até Rondonópolis está garantida e agora concentraremos os esforços em Brasília para que a chegada da ferrovia até Cuiabá seja garantida no PAC”, destaca Francisco Vuolo.
ALL anuncia obras após liberação de empréstimo
Fabiana Reis
Da Redação - A Gazeta
Com a liberação de financiamento no valor de R$ 691,6 milhões, via Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a América Latina Logística (ALL) anuncia o início das obras da ferrovia Senador Vicente Vuolo, a Ferronorte. O trecho em questão tem um total de 251 quilômetros ligando Alto Araguaia a Rondonópolis. O montante será aplicado pela empresa na viabilização da construção, operação, exploração e conservação do trecho.
As obras estavam previstas para começarem entre o fim de junho e início de julho, conforme cronograma anunciado pela diretoria da ALL em maio passado, quando a diretoria recebeu do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), a Licença de Instalação de um trecho que compreende 13 km, entre Alto Araguaia e Mineirinhos, ambas no Estado. O documento era fundamental para qualquer ação por parte da empresa e até mesmo para qualquer movimentação financeira. À época, o diretor de Relações Corporativas da ALL, Pedro Roberto Almeida, informou que os primeiros 13 mil metros ficariam prontos em até quatro meses.
Por meio de nota, a empresa afirma que o fundo FI-FGTS também negocia com a ALL sua entrada no projeto, cuja obra terá início este mês. Segundo a empresa, o potencial apresentado pela região é interessante, principalmente para a movimentação de soja, milho, açúcar, algodão, madeira de reflorestamento, contêiners, além de combustíveis. Também está prevista a construção de um terminal intermodal em Rondonópolis. A capacidade para movimentação inicial é de 12 milhões de toneladas por ano, com picos de até 1 mil caminhões diariamente. O novo terminal poderá movimentar até 25 milhões de toneladas por ano.
Hoje à tarde, o Fórum Pró-ferrovia, que acompanha a construção da Ferronorte, apresentará à imprensa durante entrevista coletiva, a data exata do início das obras. O presidente do fórum, vereador Francisco Vuolo, adianta que será apresentado um cronograma de ações, que inclui visitação à ferrovia, para acompanhar a construção. Ele explica que cada trecho depende da liberação de uma licença. Estes documentos serão concedidos pelo Ibama de forma seccionada, ou seja, a cada etapa.
quarta-feira, 15 de julho de 2009
ALL consegue R$ 691 mi e ferrovia deve avançar em MT
Agora os trilhos da ferrovia rumo a Rondonópolis (a 210 km ao Sul de Cuiabá) devem avançar. A América Latina Logística fechou nesta terça um financiamento de R$ 691,6 milhões com prazo de 20 anos junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a construção, operação, exploração e conservação da ferrovia em Mato Grosso. Além dos recursos obtidos no BNDES, que já tinha sinalizado para aprovação do financiamento, o FI-FGTS negocia com a ALL um aporte para consolidar o empreendimento".
A companhia acrescentou que já obteve todas as licenças governamentais necessárias para o início das obras da ferrovia, que se estenderá de Alto Araguaia até Rondonópolis. Um dos entraves anterior era a dificuldade de obtenção de licença ambiental para a implantação dos trilhos no trecho de mais de 200 km entre Alto Araguaia e a localidade conhecida como Mineirinho, município de Itiquira (a 50 km de Rondonópolis). Essa licença já foi autorizada pelo Ibama.
O Ministério dos Transportes e a ALL pactuaram desde o ano passado a construção do novo trecho da ferrovia Senador Vicente Vuolo ligando Alto Araguaia até Rondonópolis. Foi estabelecido no aditivo ao contrato de concessão prazo até 2010 para a entrega do empreendimento. A construção é orçada em R$ 800 milhões, abarca 265 km e é uma das obras embutidas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Embora o contrato original da ferrovia, nominada até recentemente como Ferronorte, assinado em 1989, inclua a Capital nos trilhos, aditivos posteriores modificaram por completos os prazos inicais. Um deles pregava a construção, no prazo máximo de 30 meses, do trecho entre Aparecida do Taboado (MS) e Alto Taquari (MT). Até então não existia prazo determinado para conclusão das obras.
terça-feira, 30 de junho de 2009
Projeto da Ferronorte estaciona em MT
A um ano e meio do término do prazo acordado junto ao governo federal para a conclusão das obras da ferrovia Senador Vicente Vuolo (antiga Ferronorte) entre Alto Araguaia e Rondonópolis, no sul de Mato Grosso, a América latina Logística (ALL), concessionária dos trilhos, ainda não entregou documentos básicos ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para a liberação de licenças de instalação. A obra também não está sequer prevista no novo aporte de investimentos obtido pela ALL junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no valor de R$ 2,1 bilhões.
De acordo com a assessoria do Ibama em Brasília, embora tenha pedido a licença de instalação até Rondonópolis (210 quilômetros ao sul de Cuiabá), a ALL ‘deve’ ao órgão uma série de documentos considerados básicos à liberação da autorização ambiental. Até agora, o Ibama concedeu o licenciamento estritamente a um trecho de 13 quilômetros. Apesar disso, de acordo com o instituto, ainda está pendente a entrega do projeto executivo referente a esse mesmo trecho por parte da concessionária. Os detalhes se contrastam com o anúncio público, feito no mês passado, da liberação da licença de instalação da ferrovia, feita pela diretoria da ALL, em Cuiabá, durante evento que contou com a participação do governador Blairo Maggi.
Em paralelo, a ALL descarta despender qualquer parte do novo financiamento obtido junto ao BNDES, de R$ 2,1 bilhões, para a construção do novo trecho de trilhos. De acordo com a empresa, todo o aporte será injetado na modernização da estrutura já existente, incluindo as locomotivas, vagões, dormentes e terminais. Ainda segundo a ALL, a pedida de financiamentos junto ao BNDES seria algo rotineiro dentro da política de operação da controladora. Vale destacar que o BNDES participa do bloco de investidores que junto com a ALL adquiriu a Brasil Ferrovias, que detinha a malha da antiga Ferronorte, por meio da subsidiária BNDESPar.
A nova leva de investimentos será aplicada no período de 2009 a 2012 e causou frisson no mercado – o anúncio da liberação do financiamento no BNDES foi antecipado este mês por grandes veículos de comunicação nacionais e confirmado pela ALL em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Porém, a expectativa inicial de que parte do montante seja revertida para os trilhos em Mato Grosso foi frustrada diante do posicionamento da direção da concessionária.
O Fórum Pró-Ferrovia e políticos de Mato Grosso irão cobrar do governo federal o acionamento da ALL para que comece as obras do trecho de 251 quilômetros entre Alto Araguaia a Rondonópolis, que teve o início dos trabalhos anunciados pela concessionária para a partir do final deste mês.
O assunto já foi abordado em reunião entre o presidente do fórum, o vereador Francisco Vuolo, e o deputado federal Wellington Fagundes, ambos do PR. A ideia consiste em pedir à ministra-chefe da Casa Civil do governo Lula, Dilma Rousseff, que emita um alerta à ALL sobre o pacto selado com o próprio governo federal envolvendo a construção do trecho Alto Araguaia-Rondonópolis.
Acordo assinado com o ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, estabelece o prazo de até o fim de 2010 para a conclusão da obra. O mesmo pacto previa a retomada das obras em junho deste ano.
ALERTA - Ainda em 2008, no mês de janeiro, uma empreiteira mato-grossense, a Conspavi, vencia concorrência de mercado aberta pela ALL para a execução do projeto, superando construtoras de renome nacional, como a Odebrecht, Camargo Correa e Constran, com um orçamento de R$ 596,545 milhões. Mas até hoje, os trilhos até Rondonópolis, que dirá até Cuiabá, não saíram do papel. Segundo a ALL o trecho de pouco mais de 250 quilômetros está orçado em R$ 800 milhões.
“Entraves ambientais não podem mais ser a desculpa porque o Ibama tem cumprido o seu papel. Dinheiro também há, numa empresa que têm superávits extremamente fortes. Vemos que a ALL está muito à vontade no processo e que, pelo andar da carruagem, não vai cumprir o prazo acordado por comodismo. Porém, é inconcebível ainda vivermos num país onde concessionárias públicas deixam de lado seu papel social”, critica Vuolo, filho do ex-senador que idealizou a ferrovia há mais de 30 anos e que empresta seu nome à linha férrea. O senador Vicente Emílio Vuolo morreu em 2001.
quarta-feira, 27 de maio de 2009
Expansão da Ferronorte custará R$ 800 mi
Na última terça-feira (19), o presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Roberto Messias Franco, entregou a licença para a instalação dos trilhos da ferrovia à empresa América Latina Logística (ALL), responsável pelo gerenciamento da Ferronorte . Os recursos serão disponibilizados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
A cerimônia realizada na sede da Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (Fiemt) contou também com a presença do governador Blairo Maggi, do vice Silval Barbosa, do presidente da Fiemt, Mauro Mendes, e demais autoridades. Segundo Maggi, com a finalização da obra prevista para até 2010, a agricultura do Estado terá maior valorização.
Conforme o governador, será possível escoar a produção dos grãos incentivando a exportação desses produtos. Diante disso, o diretor de relações corporativas da ALL, Pedro Roberto Almeida, garantiu que a safra de 2011 poderá ser transportada por meio da ferrovia.
No entanto, Maggi ressalta, que mesmo diante da capacidade de 20 milhões de toneladas suportáveis no transporte via Ferronorte, ainda assim seria insuficiente para atender toda a demanda no escoamento da soja, milho e outros grãos.
“O Estado precisa de outras alternativas para escoar sua produção, como por exemplo, melhoria de rodovias e a utilização de hidrovias”, ressalta o governador. Ele garante também que os preços dos fretes, principal empecilho para o escoamento de grãos no Estado, sem precisar quanto, deverá sofrer redução significativa.
quinta-feira, 21 de maio de 2009
Itiquira já se estrutura para maior salto progressista com a ferrovia
quarta-feira, 20 de maio de 2009
Fórum tentará agora estender traçado até Cuiabá
Depois de confirmado o início das obras da ferrovia de Alto Araguaia até Rondonópolis, a luta do Fórum Pró-Ferrovia será para a extensão do ramal até a Capital mato-grossense. O presidente, Francisco Vuolo, afirma que são aproximadamente 210 quilômetros até Cuiabá, cujos efeitos seriam bastante positivos para a cidade e para o Estado de forma geral. Esta outra pauta de reivindicação do fórum ainda demandará estudos de impacto ambiental.
"Precisamos insistir para trazer a ferrovia até Cuiabá, já que promoveria o desenvolvimento econômico e social, possibilitando o transporte de cargas e de pessoas, gerando oportunidades", acrescenta Vuolo ao comparar com os avanços conquistados por Alto Araguaia, que atraiu empreendimentos, teve ruas asfaltadas e outras melhorias de infraestrutura. Chegando a Cuiabá, o presidente adianta que poderiam ser construídos outros ramais, até Santarém (PA) e Porto Velho (RO), ampliando as opções de escoamento de produtos.
Um dos benefícios da ferrovia para Mato Grosso será o barateamento do frete. Os diretores da ALL preferem não comentar sobre o assunto, mas o governador Blairo Maggi, afirma que em outros países este modal é bem mais competitivo se comparado ao rodoviário, porém também não cita números para esta diferença. O frete é uma questão bastante debatida entre entidades ligadas ao agronegócio que veem na ferrovia uma alternativa para reduzir custos.
Licenças - O presidente do Ibama, Roberto Messias Franco, argumenta que por mais que os empresários e entidades reclamem da morosidade do órgão para liberação de licenças, o Ibama segue normais e rigor para que a fauna, flora, cursos d"água e outros elementos da natureza não sejam prejudicados com a construção de empreendimentos. "Todos os projetos apresentados junto ao órgão têm retorno em até 30 dias, dependendo da documentação apresentada", diz ao completar que qualquer irregularidade detectada por fiscais o empreiteiro está sujeito a sanções, como advertência, multa e suspensão da obra.(FR)
ALL retoma obra em junho
Ibama libera e ALL anuncia obra
Atualmente, a ferrovia possui 500 km em funcionamento, que entre as cidades de Aparecida do Taboabo (MS) até Alto Araguaia (MT). A licença compreende a construção do trajeto até Rondonópolis, que será feito em três etapas. O diretor de Relações Corporativas da ALL, Pedro Roberto Almeida, explica que inicialmente serão construídos os 13 primeiros quilômetros (dentro do município de Alto Araguaia), cujo prazo para execução é de até quatro meses.
A continuidade da construção será de acordo com a liberação de outras licenças por parte do Ibama, que será feita de forma seccionada. A previsão é que a licença para a construção do segundo trecho, que totalizará 162 km -até Mineirinhos - e posteriormente até Rondonópolis, somando outros 75 km, seja feita no dia 25 de junho. "É um total de 251 km, de Alto Araguaia a Rondonópolis, cujo investimento já está assegurado, no valor de R$ 800 milhões, financiados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)".
Além da notícia de que as obras finalmente serão retomadas, o Fórum Pró-Ferrovia, presidido pelo vereador Francisco Vuolo, recebeu a informação de que se tudo correr dentro do cronograma elaborado pela ALL, em um ano e seis meses a ferrovia, de Alto Araguaia até Rondonópolis estará em operação. "Nosso objetivo é que a ferrovia esteja operando na safra de 2011, trazendo mais desenvolvimento e competitividade", diz ao se referir ao transporte dos produtos de Mato Grosso a outros Estados e também à vinda de mercadorias para o Estado.
A capacidade de transporte da ferrovia é de 20 milhões de toneladas por ano, número porém inferior à produção estadual de grãos, que é de 26,5 milhões (t) na safra 2008/2009. A construção da ferrovia será responsável, de acordo com estudos da ALL, pela geração de aproximadamente 23 mil empregos, entre diretos e indiretos. A empresa já está fazendo cotação entre as empreiteiras que construirão o trecho e adianta que dará prioridade às que são do Estado, que já conhecem o terreno.
terça-feira, 19 de maio de 2009
Licença ambiental garante retomada de obras da ferrovia
Com relação ao projeto apresentado para a retomada das obras da ferrovia, o presidente do Ibama ressaltou a qualidade das informações, que facilitou o trabalho do instituto na avaliação positiva do processo. "No Brasil afora, encontram-se muitas dificuldades na aprovação dos projetos, pois sempre faltam informações e dificultam nosso trabalho, que é bastante exigente, até porque somos detalhistas. Quando tratamos do futuro do país, temos que ser exigentes mesmo e devemos ser tão bons quanto às belezas naturais do Brasil", destacou.
O presidente da Ferronorte junto a América Latina Logística (ALL), Pedro Roberto de Almeida, previu a monstagem de um canteiro de obras até o fim de julho e de entregar o trecho até 31 de dezembro deste ano. "Queremos garantir a safra de 2010 com o trem chegando à Rondonópolis”, completou o representante da empresa concessionária da Ferrovia Norte e Sul. Em conversa com o governador Blairo Maggi, o presidente da ALL informou que a operação está bem equalizada e que tudo é feito por etapas. “Vencida a questão do licenciamento, agora tem o investimento financeiro e depois as obras devem iniciar. Esse tipo de obra não pode ficar no meio, entre Alto Taquari e Mineirinho, caso contrário é um prejuízo muito grande para a companhia”, disse o governador Blairo Maggi, ao destacar as três principais obras, até então, travadas no Estado por questões de licença ambiental (além da ferrovia), BR-158 e a MT-235, que liga Sapezal a Campo Novo do Parecis.O governador Blairo Maggi destacou a importância da liberação da licença de instalação da ferrovia, afirmando que foram superados vários entraves e, agora, efetivamente, a obra irá acontecer e chegar até Cuiabá. "Vai mudar muito em termos de desenvolvimento para Mato Grosso. Na verdade, a ferrovia já vem mudando. Desde que nós temos a trilhos em Alto Taquari e em Alto Araguaia, nós passamos a registrar uma estabilização dos preços de frete. É claro que ainda não temos uma redução conforme que gostaríamos de ter, mas não temos mais os picos de frete que tínhamos no passado", relembrou Maggi.
Na avaliação do presidente do Fórum Pró-Ferrovia em Cuiabá, vereador Francisco Vuolo, a licença significa a garantia da retomada das obras, que para ele, certamente chegarão a Cuiabá. "A nossa programação é que até 2010 a ferrovia já esteja em Rondonópolis. Estamos trabalhando para que ela chegue até Cuiabá. A licença foi fundamental para o início das obras, que, agora, são praticamente irreversíveis", reforçou Francisco Vuolo.A FerroviaA primeira etapa da Ferrovia compreende a construção de 205 km (entre os km 501 e 706) chegando em Rondonópolis, com o valor estimado em R$ 700 milhões. Desse total, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) deverá financiar 85%.
A Ferrovia Senador Vuolo já tem 500 quilômetros de Mato Grosso do Sul a Mato Grosso. É responsável hoje pelo transporte de quase 50% da produção e 20% do que é exportado pelo Porto de Santos sai pela Ferronorte. Em abril do ano passado, o ministro dos Transportes, Alfredo Pereira do Nascimento, e representante da ALL assinaram um Termo Aditivo, garantindo que no segundo semestre de 2008 as obras seriam retomadas e o ministro estaria em Cuiabá lançando a ordem de serviço, o que não ocorreu.A solenidade de apresentação da licença foi realizada na Federação de Indústrias de Mato Grosso (Fiemt) e contou a presença de líderes empresariais, como o presidente da entidade, Mauro Mendes, e parlamentares.