domingo, 23 de outubro de 2011

Ferrovia vai ampliar desenvolvimento do Sul, diz Silval


DA REDAÇÃO
Site Midianews


O governador Silval Barbosa participou, na sexta-feira (21, de uma mesa-redonda na Câmara Municipal de Rondonópolis (210 km ao Sul de Cuiabá), para discutir os impactos da chegada da Ferronorte no município.

Moradores e representantes de diferentes setores da sociedade participaram do debate e puderam entender um pouco mais sobre as obras da Ferrovia Vicente Vuolo no Estado.

Na avaliação de Silval Barbosa, a discussão foi oportuna, principalmente para a população, que pode conhecer todo o processo da chegada da linha férrea, bem como as transformações que vão ocorrer em Rondonópolis.

Entre as mudanças estão a industrialização e a geração de empregos, por meio de empresas que vão se estabelecer na região, observou o chefe do Executivo.

"É o desenvolvimento consolidando Rondonópolis como polo regional. A ferrovia consolida o desenvolvimento de Rondonópolis em todos os aspectos: no campo do conhecimento, com a ampliação dos cursos nas universidades; na qualificação de pessoas; na geração de oportunidades. Também confere mais competitividade, custos menores e é uma obra que agride menos o meio ambiente", disse Silval.

O governador lembrou ainda que, além de consolidar a Ferronorte, fazendo com que chegue até Cuiabá, os trabalhos também estão voltados para a região central do Estado - com a rodovia MT-242 e a Ferrovia Integração Centro-Oeste - e para as rodovias federais BRs-163 e 158.

Para o secretário-extraordinário de Estado de Acompanhamento da Logística, Francisco Vuolo, a discussão também foi positiva e de alto nível. "As indústrias e o desenvolvimento virão, mas é preciso preparar a nossa sociedade para que não deixe essa oportunidade passar em branco", disse.

Durante a apresentação, o secretário mostrou, por meio de estatísticas, que as cidades que receberam e que estão próximas de receber a linha férrea já apresentam crescimento, como de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) e Produto Interno Bruto (PIB).

Entretanto, ressaltou que, em se tratando de ferrovias, o Brasil ainda está muito aquém da realidade vivida por europeus, asiáticos e norte americanos.

Representando o Ministério dos Transportes e a Agência Nacional de Transportes Terrestres, Jean Mafra dos Reis afirmou no debate que o Governo Federal tem adotado medidas para garantir competitividade no frete cobrado nas ferrovias brasileiras.

"É preciso ter um preço competitivo, por conta disso a agência expediu em junho deste ano resoluções para regular esses valores, entre elas o direito do usuário de ferrovia e o direito de passagem", observou. Com isso, o usuário poderá fazer o transporte de seus produtos com os próprios vagões.

Também fizeram parte da mesa-redonda o vice-governador Chico Daltro, os deputados Wellington Fagundes e João Maia, da Comissão de Desenvolvimento Econômico Indústria e Comércio; o deputado estadual J. Barreto, representando a Assembleia Legislativa de Mato Grosso; José Carlos do Pátio, prefeito de Rondonópolis; vereador Ananias Filho, presidente da Câmara Municipal de Rondonópolis; o diretor da Sudeco, Marcelo Dourado; o superintendente da América Latina Logística (ALL), Adriano Bernardi; e demais autoridades.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Trecho Rondonópolis-Cuiabá da Ferronorte pode ser licitado em 2012


Da Redação - Alline Marques
Site Olhar Direto

Já são 35 anos de luta para que a ferrovia chegue até Cuiabá e este sonho está cada vez mais próximo da realidade. Isso porque a ALL, empresa responsável pelos 5 mil km da Ferronorte, devolveu parte da concessão do trajeto para Agência Nacional de Transportes Terrestre (ANTT). Com isso, o trecho Rondonópolis-Cuiabá volta ao governo Federal. Mato Grosso não perdeu tempo e numa negociação ousada transformou pelo menos 10 anos de trabalho em 18 meses.

O secretário Extraordinário de Acompanhamento de Logística Intermodal de Transportes, Francisco Vuolo, explicou que graças a uma articulação política o governo do estado conseguiu alterar um acordo que havia sido assinado com a ANTT no ano passado.

Anteriormente, Mato Grosso tinha ficado responsável por realizar apenas o estudo de viabilidade do trecho Rondonópolis-Cuiabá, mas com a mudança o governo irá realizar o estudo de impactos ambientes (EIA/Rima) e o projeto básico da ferrovia, permitindo que dentro de 18 meses o trajeto já possa ser licitado, ou seja, até o final de 2012 o edital poderá ser lançado.

“Com uma simples mexida de peças ganhamos pelo menos 10 anos, porque enquanto faríamos apenas o estudo de viabilidade em 18 meses, agora faremos três coisas neste mesmo prazo e ainda já poderemos licitar o trecho”, afirmou em entrevista exclusiva ao Olhar Direto.

Vuolo ainda vai mais longe. A ideia do governo não é atender apenas cargas, mas também ter a possibilidade de transportar as pessoas, reduzindo assim o número de pessoas que viajam pela rodovia com alto índice de acidentes.

“Este trecho (Rondonópolis-Cuiabá) é muito perigoso e tem muitos acidentes, com a viagem de trem as pessoas vão poder viajar com mais tranquilidade e ainda podemos transformar a viagem num passeio turístico e cultural. Além da integração econômica, teremos a social entre as duas regiões. Não quero a ferrovia só para ter frete mais barato, mas para o desenvolvimento da sociedade, criar novas cadeias de produção e que o frete mais barato seja apenas consequência. O investimento no transporte traz o desenvolvimento e o progresso”, defendeu.

Vale destacar ainda que o terminal de Itiquira será inaugurado oficial em dezembro e ponto de Alto Araguaia transporta 11 milhões de toneladas.

Só que não é apenas a região Sul de Mato Grosso que pode ganhar com as articulações dos governos Estadual e Federal, existe ainda a possibilidade da Ferrovia sair de Cuiabá e chegar até Santarém (PA) e também em Porto Velho (RO). Até o momento, já foi possível garantir junto ao Ministério do Planejamento a realização do estudo de viabilidade do trecho Cuiabá-Santarém (PA) e Mato Grosso não terá gasto nenhum.

Além disso, já existe um grupo de chineses interessado em construir este trecho e caso a parceria seja concretizada, Vuolo, acredita que a ferrovia será construída com muita rapidez. “Com a tecnologia dos chineses é possível construir de 3 a 4 km da ferrovia por dia, dando celeridade à obra”, explicou o secretário.

O trecho até Porto Velho ainda não tem nenhuma expectativa de obra, mas mesmo assim Vuolo ainda aposta ser possível a execução da ferrovia com o objetivo de chegar até o Pacífico, mas este é um projeto a longo prazo e que não está em negociação, no momento.