sábado, 18 de junho de 2011

Governo assinará termo para estudo sobre Ferronorte


Site Olhar Direto
Com assessoria

No próximo dia 20, no auditório da Federação das Indústrias no Mato Grosso (Fiemt), o governador Silval Barbosa assinará o Termo de Compromisso para elaboração dos estudos e projetos do trecho da Ferrovia Senador Vuolo entre Rondonópolis e Cuiabá. A ação é parte da programação do Seminário “Desenvolvimento e Ferrovias – Centro-oeste”, realizado pelo Fórum Pró-Ferrovia, o qual a Câmara de Dirigentes Lojistas-CDL Cuiabá integra, juntamente com Fiemt, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/MT), Conselho Regional de Contabilidade (Corecon/MT), UFMT, Aprosoja, Famato, Associação dos Empresários dos Distritos Industriais de Mato Grosso, Sinduscon, Acrimat, entre outros.

Pontuando a importante atuação do Governo do Estado, da bancada federal de Mato Grosso e das entidades de representação empresarial no avanço da Ferronorte, o secretário-extraordinário de Acompanhamento da Logística Intermodal de Transportes (Selit), Francisco Vuolo, explica que a partir da assinatura do termo, serão 18 meses de Estudos de Impactos Ambientais até o Relatório EIA-Rima e apontamento de viabilidade econômica de execução do projeto básico. “Neste prazo, paralelamente, finalizamos a implantação em Itiquira (setembro) e prosseguimos para Rondonópolis, onde chegaremos em dezembro de 2012R21;. No mapa, conforme mostrado pelo secretário, a previsão de extensão até Santarém-Pará, entre outros trechos que formatarão nova rede modal para Mato Grosso.

O Seminário traz agregada a mensagem “Ajude a mudar a direção do Centro-oeste”. Conforme explica Vuolo, este chamado para a ‘mudança’ traz implícita a necessidade de conscientização de representantes de todos os poderes e administradores públicos, bem como sociedade civil e organizada, de que é preciso preparar os municípios para a chegada da ferrovia. “O traçado da ferrovia é indutor de desenvolvimento para as regiões por onde passa. É preciso, portanto, estruturar as cidades para receberem esta mudança de forma adequada, para que se torne um impacto positivo e aproveitado da maneira como deve ser”.

O presidente da CDL Cuiabá, Paulo Gasparoto, declara que a dinâmica comercial dos municípios pode dispor de melhor custo-benefício com a chegada dos trilhos. “Primeiramente por que a competitividade de preços de frete de mercadorias é maior quando se há mais disponibilidade de modais, o que influência no custo das empresas e preço final dos produtos. Em segundo lugar por que podemos obter mais celeridade no transporte dispondo dos trens, pois nossas rodovias estão bastante precárias e lotadas de caminhões, o que torna mais lento o trânsito”.

Gasparoto fala ainda em estoque. “O comerciante de Mato Grosso, pela distância dos grandes centros industriais e logística difícil, tem que manter um estoque 30% maior que o padrão. Este percentual implica em significativo passivo, o que quer dizer mais gasto do empresário para trazer um alto volume de mercadorias, que terá certa demora para circular, ou seja, para ser vendida”.

Nos segmentos de Indústria e Agricultura, o presidente da CDL Cuiabá prevê reflexos mais interessantes ainda, formatando nova rede de logística para o segmento produtivo de maneira geral “e incrementando sua capacidade de competir com outros estados e países mundo afora”.

O dirigente lojista lembra que a distância dos principais portos exportadores, dificultando o escoamento das safras, é parte do quadro que antecede os trilhos. “Como neste contexto há percentual de prejuízos, por perda de grãos ou encarecimento dos fretes, no ciclo de mercado podemos contabilizar para o Setor de Comércio, a influência de clima econômico restritivo de consumo ou menos dinheiro circulando na praça, pois uma atividade econômica impacta a outra”, pontua.

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