domingo, 19 de junho de 2011

Avança execução da 1ª etapa


Laís Costa Marques
Da Redação - A GAZETA

Cerca de R$ 14 milhões deverão ser aplicados na elaboração dos estudos de viabilidade econômica, nas licenças ambientais e no projeto básico da construção do trecho entre Rondonópolis e Cuiabá da Ferrovia Senador Vicente Vuolo (Ferronorte). Amanhã (20) o governo estadual assina o Termo de Compromisso para a execução da primeira etapa da Ferronorte até Cuiabá. Participam do projeto a Valec e o Ministério dos Transportes por meio da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).

Este primeiro fato concreto da extensão do trilho desde que a América Latina Logística (ALL) abriu da concessão do trecho dá início ao projeto de trazer a ferrovia até a Baixada Cuiabana e deverá ser concluído em 18 meses.

De acordo com secretário extraordinário de Infraestrutura Intermodal de Transportes, Francisco Vuolo, com o início dos estudos e licenças é possível que quando os trilhos chegarem até Rondonópolis, previsto para setembro do ano que vem, o novo trecho entre em fase de licitação. "Com isso as obras não iriam parar e de Rondonópolis seguiriam direto até a Capital".

Com relação a quem irá construir e ter a concessão para operar, Vuolo revela que o fato de a Valec, empresa estatal de engenharia e construção de ferrovias, participar desta fase de estudos aponta para a possibilidade da mesma ser a executora do projeto e até mesmo operadora da ferrovia.

Participam do ato de assinatura do Termo de Compromisso, além do governo, integrantes do Seminário "Desenvolvimento e Ferrovias Centro-Oeste", realizado pelo Fórum Pró-Ferrovia, que reúne entidades e representantes da sociedade civil organizada, como Câmara de Dirigentes Lojistas de Cuiabá (CDL), a Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt), a Ordem dos Advogados de Mato Grosso (OAB/MT), entre outros.

Para o presidente da Fiemt, Jandir Milan, a chegada dos trilhos até a Capital vai proporcionar a viabilidade econômica que as indústrias precisam para se instalar na região. Segundo Milan, com a ferrovia os custos para chegar até os portos de Santos e Paranaguá serão reduzidos, além de possibilitar outras vias de escoamento futuramente. "O que se perde com logística não tem volta, são perdas irrecuperáveis para os setores produtivos".

Segundo o presidente da CDL Cuiabá, Paulo Gasparoto, a dinâmica comercial dos municípios poderá dispor de melhor custo-benefício com a chegada dos trilhos, uma vez que trará mais competitividade de preços de frete de mercadorias por haver mais disponibilidade de modais e, depois, porque será possível obter mais celeridade no transporte dispondo dos trens, pois as rodovias estaduais estão bastante precárias e lotadas de caminhões, o que torna mais lento o trânsito.

O Seminário Desenvolvimento e Ferrovias está marcado para começar às 10 horas, no auditório da Fiemt, em Cuiabá.

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