quinta-feira, 26 de julho de 2007

Obras estão paradas em Alto Araguaia (MT) há quatro anos


Da Reportagem
Diário de Cuiabá
A ferrovia Vicente Vuolo se encontra com suas obras paralisadas em Alto Araguaia desde 2003. Até agora, foram investidos cerca de R$ 1,5 bilhão na construção de 500 quilômetros de trilhos desde a divisa com São Paulo, em Aparecida do Taboado, até Alto Araguaia (430 quilômetros ao sudoeste de Cuiabá). Foram construídos também quatro terminais ferroviários - em Inocência e Chapadão do Sul (MS), e Alto Taquari e Alto Araguaia (MT) - além da ponte rodoferroviária sobre o rio Paraná, interligando Mato Grosso a São Paulo. Para a ferrovia chegar até Cuiabá são necessários mais R$ 1,2 bilhão em investimentos. Deste total, R$ 700 milhões serão aplicados no trecho de 260 quilômetros entre Alto Araguaia e Rondonópolis, e o restante (R$ 500 milhões) no trecho Rondonópolis-Cuiabá, de 210 quilômetros. TRAÇADO ORIGINAL - O Fórum Pró-ferrovia defende a implantação do traçado original, que prevê a ligação ferroviária entre Cuiabá e Rondonópolis, passando por Santo Antônio de Leverger. “Já apresentamos à ALL a sugestão de aproximar os trilhos de Jaciara e Juscimeira sem deixar de passar por Santo Antônio de Leverger, mas passando pela reserva indígena Teresa Cristina, a uma distância de pelo menos 20 quilômetros. Com isto, vamos maximizar as potencialidades turísticas da região e fomentar o transporte através da ferrovia”, sustenta Vuolo. A reserva foi obstáculo para a continuidade das obras em 1998, quando o EIA/Rima (Estudo e Relatório de Impacto Ambiental) foi apresentado pela então controladora da ferrovia, a Ferronorte. O projeto, naquela ocasião, previa a passagem dos trilhos a uma distância de apenas cinco quilômetros da reserva, o que acabou provocando o embargo da obra. Vuolo disse que a expectativa é de que os trilhos cheguem a Cuiabá e, a partir daí, sigam o seu trajeto para Porto Velho (RO) e Santarém (PA). VALEC - De acordo com seu estatuto social, cabem à Valec a realização, coordenação e direção de estudos e ações de fomento, para a região do Brasil Central, em serviços de planejamento econômico, financeiro e administrativo de engenharia, consultoria e assistência técnica, construção, operação, exploração de ferrovias e sistemas de interligação com outras modalidades de transportes, além da implantação e operação de sistemas de armazenagem, transferência e manuseio de produtos e bens a serem transportados. (MM)

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