segunda-feira, 28 de março de 2011
Ferronorte chega a Rondonópolis até o final de 2012
sábado, 19 de março de 2011
Ferronorte é alvo de italianos
Jornal Folha do Estado
A empresa italiana Salcef S.p.a., especializada em ferrovias, é a primeira companhia privada a se interessar pela construção do trecho entre Rondonópolis e Cuiabá (230 km) da Ferrovia Vicente Vuolo (Ferronorte) orçado em R$ 800 milhões. Com a Manifestação, o governo de Mato Grosso tomará as medidas viáveis para formalizar a disposição protocolando-a, podendo ser a empresa estrangeira uma das responsáveis pela chegada dos trilhos à Baixada Cuiabana.
Até o momento, o Estado vinha trabalhando para que a Valec, empresa de engenharia, ligada ao Ministério dos Transportes, fosse a responsável pela obra, que logo terá os estudos de viabilidade econômica, ambiental e social iniciados.
Contudo, sempre se colocou aberto a possíveis interessados. Segundo o secretário Extraordinário de Logística Intermodal de Transportes de Mato Grosso (Selit), Francisco Vuolo, a manifestação da italiana é natural, assim como outras podem surgir. “Tudo é possível a partir do momento que a concessão das obras se tornou aberta”, frisa Vuolo, ao lembrar que o trecho era de responsabilidade da América Latina Logística (ALL), que abriu mão do empreendimento em setembro de 2010.
OUTROS CAMINHOS
A intermediação do interesse da Saltcef S.p.a. foi feita pelos diretores da outra italiana, que possui negócios em Mato Grosso, sendo a Brazilian Italian Oil (Bio) detentora de uma usina de biodiesel em Barra do Garças, em encontro com o governador Silval Barbosa. A Bio ainda declarou ao governo a possibilidade de se abrir um braço da Ferronorte em Alto Araguaia, indo para Barra do Garças, local de sua empresa. “ABio visa uma ligação dela até São Paulo. Com isso, nos propôs este ramal. Vamos estudar a viabilidade, até mesmo porque a produção da região é muito importante. Contudo, este trajeto deve contemplar uma via rodoviária”, discorre Francisco.
Vale lembrar que Barra do Garças será beneficiada com a Ferrovia de Integração do Centro-Oeste (Fico) que terá uma terminal em Água Boa (MT)] com 200 km de distância entre as cidades. O diretor da Bio, Mário Buri, aproveitou para anunciar o investimento de R$ 90 milhões para ampliar a capacidade de produção da indústria de 7 mil toneladas ao ano para 27 mil t. A proposta é que até 2012 sejam concluídas as construções de mais silos de armazenamento, além de duas unidades cogeradoras de energia elétrica.sexta-feira, 18 de março de 2011
Ibama vai agilizar as licenças
Vívian Lessa
Da Redação - A Gazeta
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) agilizará a entrega das licenças ambientais para a construção do trecho ferroviário entre os municípios de Itiquira e Rondonópolis, em Mato Grosso. A informação é do secretário de Estado de Logística Intermodal de Transportes, Francisco Vuolo, que se reuniu nesta quarta-feira (16) com o presidente do Ibama, Abelardo Bayma Azevedo. No encontro também estiveram presentes o diretor da América Latina Logística (ALL), Pedro Roberto Almeida e a bancada federal de Mato Grosso.
Segundo Vuolo, amanhã (18) o Ibama entregará um relatório oficial sobre as condições das licenças. "Se houver impasse nas questões burocráticas o presidente do Ibama se comprometeu a agilizar o processo, e se for nas questões técnicas os problemas serão pontuados". Conforme ele, a iniciativa de pedir o auxílio do governo federal é uma forma de prevenir um possível atraso na entrega das obras ferroviárias. O secretário afirma que a previsão é que em setembro deste ano seja concluído o terminal de Itiquira. Os trilhos deve chegar em Rondonópolis no fim de 2012.
Na segunda-feira (14) representantes da ALL apresentaram o projeto do terminal de Rondonópolis ao prefeito da cidade, José Carlos do Pátio (PMDB). O investimento no terminal daquela cidade é de aproximadamente R$ 100 milhões.
quinta-feira, 17 de março de 2011
Frente Parlamentar das Ferrovias aprova estatuto e vota membros da diretoria
Agência T1, por Bruna Yunes
Eleito presidente da Frente Parlamentar Mista das Ferrovias, o deputado federal Pedro Uczai (PT-SC) sugeriu, como primeira ação da frente, a revisão do modelo regulatório e do orçamento público. “Precisamos colocar na agenda política o transporte ferroviário como estratégia fundamental para o desenvolvimento do país. Temos que colocar as ferrovias como prioridade, discutir e implantar projetos no Plano Plurianual (PPA) e na Lei das Diretrizes Orçamentárias (LDO). Pela própria história das ferrovias, é preciso uma postura firme e determinada do Congresso Nacional sobre a estratégia no que diz respeito ao resgate das ferrovias no país”.
Para a senadora e vice-presidente da frente parlamentar, Lídice da Mata (PSB-BA), o resgate do transporte ferroviário de passageiros é importante para promover a integração das regiões no Brasil. “Temos que pensar que o transporte ferroviário pode transportar mais do que cargas, na dimensão continental do país, temos que imaginar a possibilidade de voltarmos a ter o transporte de passageiros também. Discussão que começamos a travar nos estados onde tem grandes investimentos, no caso do Nordeste, das ferrovias Transnordestina e Leste Oeste, que é o caso da Bahia. Sentimos a importância dessas obras para a nossa região no sentido integrar as populações das demais regiões”.
Para compor a discussão, autoridades políticas foram chamadas a reunião. De acordo com o secretário executivo da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, Cláudio Vignatti, a frente parlamentar terá um papel importante para o desenvolvimento das ferrovias. “Esse ano se desenha o PPA, a ferrovia da Bahia não estava no plano, mas a bancada da Bahia trabalhou para o projeto da ferrovia entrar no PPA e foi licitada. A Frente Parlamentar tem o objetivo muito claro, e tem aliados do governo, para construir propostas que possam vir para o governo no novo PPA. A missão prioritária, desse ano, é colocar no PPA, que se começa a ser discutido entre os ministérios”, explicou.
O diretor de Relações Institucionais do Ministério dos Transportes, Afonso Carneiro Filho, disse que o Ministério dos Transportes é a favor da criação da entidade. “É muito importante essa frente criada. Esse governovem ampliando fortemente a questão ferroviária desde o início de 2003 com o lançamento do Plano de Recuperação das Ferrovias. Esse plano resultou em desdobramentos, revisou metas de transportes, a retomada da discussão de trens de passageiros que nós estamos vendo. O ministério do transporte irá ajudar nessa retomada do crescimento das ferrovias e o apoio com o esforço da votação das leis orçamentárias, do PPA para que possamos dar conta desse trabalho, que é enorme”.
Estiveram na reunião, também, o representante do ministro Alfredo Nascimento do Ministério dos Tranportes, Francisco Costa; o superintendente de Serviços de Transporte de Cargas da Agência Nacional de Transportes Terrestres, Noburo Ofugi; deputados e senadores que aderiram a frente, cerca de 200 parlamentares.
Representantes
Para os representares regionais foram designados os deputados federais Jerônimo Pizzolotto Goergen (PP-RS), no Sul; Lincoln Portela (PR-MG) no Sudeste; Geraldo Resende (PMDB-MS), Centro-Oeste; o senador Inácio Arruda (PCdoB-CE), no Nordeste. Ainda falta a indicação do Partido Verde (PV) para a região Norte.
Além dos coordenadores regionais, a frente sugeriu a nomeação de representantes para acompanhar projetos ferroviários pontuais em alguns estados. “O coordenador estadual, senador ou deputado federal, vai aglutinar os 27 estados e pensar a malha ferroviária no seu conjunto”, justifica o presidente eleito.
Segundo Uczai, o país só conseguirá um crescimento sustentável com as ferrovias. “Temos que expandir a malha ferroviária do país. Hoje, as rodovias não conseguem acompanhar a perspectiva de crescimento sustentável. As ferrovias darão respostas nas seguintes direções: o transporte ferroviário é mais barato, seguro, ambientalmente sustentável e mantém e atrai novos investimentos nas regiões por onde passa ferrovia. É desenvolvimento regional, é integração desse país, que é continental. É um absurdo estar discutindo ferrovias nesse momento da história do Brasil. E por último, as ferrovias vão melhorar a situação das nossas rodovias. O futuro do Brasil não será sustentável se não for numa malha ferroviária”, concluiu.