terça-feira, 15 de junho de 2010

Comissão Orçamentária discute ferrovia até Cuiabá


Jornal FOLHA DO ESTADO
Josiane Dalmagro
Reportagem Local

O Fórum Pró-Ferrovia pretende, junto com o governo do Estado, pressionar a empresa América Latina Logística (ALL), responsável pelas obras na ferrovia, em um reunião nesta quarta-feira (16), no Palácio do governo, para que a empresa de limite prazos de início do trecho Rondonópolis-Cuiabá, já incluído no PAC, ou abra mão de tocar a obra. Uma das pretendentes para abocanhar a concessão é empresa pública controlada pela União, Valec.
A reunião, anunciada ontem pelo vereador cuiabano Francisco Vuolo (PR), contará com o governador do Estado, Silval Barbosa, membros do fórum e da Comissão Mista de Orçamento da Câmara Federal. A comissão, que discute as pautas e projetos do PAC 2 orçamentariamente, será representada em Mato Grosso pelos deputados federais Carlos Abicalil e Wellington Fagundes. Durante o encontro, serão discutidas pontualmente as questões relacionadas ao trecho Cuiabá-Rondonópolis da ferrovia e sua inclusão no PAC 2.
O desdobramento da reunião se dará na próxima semana, em Brasília, durante encontro com a bancada federal, Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e Fórum Pró-Ferrovia, quando está prevista a votação pela Comissão da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) Ontem, a ALL informou ter aberto mais 100 quilômetros de infraestrutura em seu traçado, com execução de terraplanagem, drenagem e obras de arte especiais da ferrovia. Ainda este mês, terá início à etapa de superestrutura, com a instalação de trilhos e dormentes que irão compor a nova ferrovia. Para o presidente da Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso (Aprosoja-MT), Glauber Silveira, será preciso lutar pelo direito de passagem para que outras empresas possam operar a ferrovia, e assim o custo do frete de escoamento, que já deveria estar mais barato, tenha impacto positivos no Estado. “O problema é que a ALL é concessionária dos trilhos e do trem”, diz.
As obras em andamento estão entre os quilômetros 500 e 676 e avançam cerca de 1 km por dia no trecho para o qual a ALL recebeu Licença de Instalação (LI) do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), com Autorização da Supressão Vegetal
(ASV) do segmento 2, que possui 165 km.

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