Laís Costa Marques
Jornal Folha do Estado
A construção do trecho da Ferronorte entre Rondonópolis e Cuiabá poderá ser incluída, mesmo que de última hora, no Programa de Aceleração do Crescimento 2 (PAC2). Após um encontro com o governador Silval Barbos, o Ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, confirmou que as obras poderão ser custeadas pelo programa, que vai injetar cerca de R$ 1 Trilhão na economia nacional. A exclusão do trecho num primeiro plano do projeto seria em virtude de um contrato muito longo com a empresa América Latina Logística (ALL), que administra a ferrovia, e pela falta de interesse da concessionária no empreendimento de Mato Grosso.
As informações são do vereador Francisco Vuolo, presidente do Fórum Pró-Ferrovia, que participou da reunião ontem (15) junto com o governo, o diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura em Transporte (DNIT), Luis Antonio Pagot, o presidente da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Bernardo Figueiredo, o presidente da AGECOPA, Adilton Sachetti, entre outras lideranças do Estado.
Durante a reunião, o fórum juntamente com as lideranças regionais pediram a cassação da concessão da ALL para que a expansão da ferrovia seja incluída no PAC 2. Vuolo disse que a solicitação de anulação do contrato é em virtude da falta de prazos para a conclusão do trecho até Cuiabá. “Foi feita uma concessão de 90 anos em que prazos não foram estabelecidos. Em 2011, a Ferronorte chega a Rondonópolis e não existem projetos da empresa para trazê-la até a Capital”, afirma Vuolo.
Francisco Vuolo ainda afirmou que o pedido de cassação vais ser formalizado em nome do Fórum Pró-Ferrovia e do governo estadual e que um movimento será articulado em Cuiabá pela cassação da concessão e abertura de licitação para escolha de uma nova empresa que assuma as obras. Após essa etapa, o movimento vai brigar pela adesão formal da Ferronorte ao PAC2.
OUTRO LADO
A ALL afirmou, por meio da assessoria de imprensa, que possui exclusividade para construir outros trechos ferroviários de Cuiabá até Santarém (PA). Porém, ainda está faltando um acordo entre a companhia e a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) para estipular cronogramas e efetivar análise de viabilidade.
A empresa ainda afirmou que tem interesse em expandir a malha ferroviária no Estado e que os atrasos ocorridos na obra do trecho até Rondonópolis são por questões de liberação ambiental.
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