Diário de Cuiabá - Da Reportagem
Os empresários também apóiam a construção do ramal ferroviário da Norte-Sul, mas fazem uma ressalva: o novo projeto não poderá trazer prejuízos às obras da Ferronorte até Cuiabá. “Sem dúvida, o ramal vai trazer um forte estímulo à economia da região, principalmente na área de influência da ferrovia, que concentra a maior densidade agrícola do Estado”, frisa o presidente da Federação do Comércio de Mato Grosso (Fecomércio) e das Associações Comerciais, Pedro Nadaf. Para o empresário, a iniciativa de se construir este novo ramal é altamente positiva, pois representa uma saída a mais em termos de logística de transporte. “O projeto irá atender uma grande demanda de necessidades, que convergem ao escoamento da safra. Mas esta nova obra não poderá trazer implicações e/ou prejuízos ao projeto da Ferronorte”. Na opinião do presidente da Fecomércio, a sociedade não poderá se desmobilizar para a cobrança da retomada das obras. “Temos que ficar atentos. O novo projeto é bom, mas não pode ser um impeditivo para a chegada dos trilhos até Cuiabá”, alerta. “Mato Grosso é o grande celeiro do país e precisa de uma logística de transporte mais eficiente para escoar a safra e dar maior competitividade aos agricultores”, completa o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Cuiabá (CDL), José Alberto Aguiar. “O ramal é uma alternativa que se cria para o escoamento da produção. É ótimo que isso se concretize, mas não podemos nos acomodar em relação às obras da Ferronorte. Não podemos deixar que o novo projeto desvie a nossa atenção e provoque um atraso maior ou até mesmo o esquecimento da construção da ferrovia até à nossa Capital”, conclui Aguiar. (MM)
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