RAQUEL TEIXEIRA
Redação/Secom-MT
Ednilson Aguiar/Secom-MT
Reunião com diretor da América Latina Paulo Luiz Basílio na FIEMT sobre Ferronorte A América Latina Logística (ALL) apresentou nesta quarta-feira (08), durante reunião em Cuiabá com representantes representantes de segmentos econômicos e autoridades mato-grossenses as definições do cronograma de expansão dos trilhos da Ferronorte no Estado.Na reunião estiveram presentes também representantes do Fórum Pró-Ferrovia em Cuiabá, que têm interesse de que os trilhos, que hoje vão até o município de Alto Araguaia, cheguem até a Capital. O diretor da ALL, Paulo Luiz Basílio, falou da realidade da estrutura logística no Brasil, com os perfis de diferentes modais de transporte, o crescimento das ferrovias operadas pela empresa e as estratégias de desenvolvimento. O projeto de expansão da Ferronorte foi dividido em cinco etapas e conforme o diretor da ALL, a intenção é demonstrar a viabilidade econômica e financeira da expansão dos trilhos até Cuiabá. Do projeto constam o traçado e o custo estimado total da obra, realizado por uma empresa contratada, seguido do estudo de viabilidade, em 3 meses. Na terceira etapa será realizado o estudo e o relatório de impacto ambiental, na quarta etapa será feito o projeto executivo que determinará o traçado exato e os custos da obra, seguido da obra. “Sem queimar nenhumas das etapas, queremos trabalhar com a realidade, determinando o que realmente pode e como dever ser feito, qual a viabilidade de cada passo que estamos dando, casando produção e eficiência e buscando equilíbrio entre as duas partes – viabilidade e estrutura”, observou Paulo Basílio, ao destacar inclusive que a empresa se preocupa ainda em conseguir atender a demanda já existente no terminal de Alto Araguaia. Conforme Basílio, a Ferronorte, que transporta a produção agrícola de Mato Grosso ao porto paulista de Santos, opera atualmente com apenas 40% da capacidade. “Precisamos trabalhar para dar mais vazão a essa capacidade”, afirmou. “Com muito pé no chão e sem dimensionar tempo, a ALL está trabalhando tecnicamente para demonstrar em estudos qual é a real viabilidade da expansão, sem criar falsas expectativas para um projeto que a médio prazo pode chegar a concretização”, enfatizou o secretário de Indústria, Comércio e Mineração, Alexandre Furlan. Segundo estudo realizado pelo governo, se hoje a Ferronorte transporta de 7 a 9 milhões de toneladas ao ano nos 2 mil quilômetros de ferrovia de Alto Araguaia ao Porto de Santos, com a construção de mais 400 quilômetros de trilhos até Cuiabá agregaria pelo menos mais 14 milhões de toneladas de produtos ao ano. Se chegasse até Rondonópolis, já seriam mais 6 milhões de toneladas ao ano, a mais. O escoamento da produção mato-grossense é feito quase que exclusivamente pelo meio rodoviário, considerado um dos mais caros, com um custo cerca de 10% mais oneroso que o modal ferroviário, transporte ainda pouco explorado no Brasil se comparado a países como os Estados Unidos que tem quase 162 mil quilômetros de ferrovias e transporta 40% de produtos sob os trilhos. No Brasil, são apenas 28.169 mil quilômetros de ferrovias por onde passam 21% da produção nacional contra uma malha viária de 1,724 milhão de rodovias desgastadas e sem infra-estrutura, das quais apenas 10% são pavimentadas. A ALL adquiriu recentemente a Brasil Ferrovias, empresa proprietária da Ferronorte, e a partir de 2007, ambas passarão a trabalhar unicamente sob a bandeira da ALL, que já opera desde 1997 os trilhos privatizados da malha ferroviária da região Sul e também na Argentina. A empresa detém hoje 20 mil quilômetros de linhas férreas, com 960 locomotivas e 27 mil vagões. Em 2005, a ALL transportou sob seus trilhos 43 milhões de toneladas de grãos no País. Participaram também da reunião na Federação das Indústrias, o secretário-chefe da Casa Civil, Antônio Kato, secretários adjuntos do Governo, presidente da FIEMT, Nereu Pasini, prefeito Wilson Santos, vereadores de Cuiabá e Rondonópolis e diretores da Brasil Ferrovias.
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