terça-feira, 14 de agosto de 2012

Ferronorte deve escoar 15 milhões de toneladas na safra 2012/13


Globo Rural On-line

O superintende comercial da concessionária América Latina Logística, Leonardo Recondo Azevedo, afirmou durante simpósio sobre as obras rodoferroviárias da região Sul de Mato Grosso que a Ferrovia Senador Vicente Vuolo(Ferronorte) será responsável pelo escoamento de grande parte da safra 2012/13. “As obras estão dentro do cronograma e até o fim de 2012 a ferrovia chegará a Rondonópolis. Nosso objetivo é que no começo da nova safra os terminais já estejam em operação”, afirmou.
Também será finalizado até dezembro o Complexo Intermodal de Rondonópolis (CIR), com capacidade de carregamento de dez mil toneladas em seis horas. Para evitar o congestionamento dentro do pátio cada terminal destinará 25% da área para estacionamento.
Durante o simpósio foi discutida também a implantação da Hidrovia Paraguai-Paraná, que atenderá toda região Sul de Mato Grosso e apresenta o custo mais barato entre os modais de transporte. Mas, para dar andamento à obra, ainda é necessário o licenciamento ambiental. Os produtores rurais também discutiram a importância da duplicação das BR-163 e BR-364.

O produtor rural de Rondonópolis, Emerson Spigosso, disse que com a duplicação destas rodovias e com a Ferronorte parte dos problemas logísticos da região estarão solucionados. “Atualmente, por causa do alto fluxo de caminhões nas rodovias e falta de manutenção adequada, enfrentamos sérios problemas no escoamento da safra”, afirmou.
Para o presidente da AprosojaCarlos Fávaro, a conclusão das obras ferroviárias na região Sul será uma vitória de toda sociedade. “Ganhará o produtor, o comerciante e o cidadão, que terão melhores oportunidades com uma logística melhor”, disse. Para Fávaro, este novo modelo ainda não é o ideal. “Precisamos de um operador, que neste caso é a ALL, e vários transportadores para que haja competividade”. Segundo ele, a forma como o modelo de transporte está sendo criado deixará o frete da ferrovia com o mesmo valor do rodoviário. “O Movimento Pró-Logística vai acompanhar a implantação deste modal e cobrar para que se tenha competitividade”, afirmou.